Foto: Zerosa Filho
O técnico da Seleção Brasileira, Marcos Sorato,
convocou na tarde desta terça-feira (03) mais um jogador para integrar o elenco
que irá enfrentar a Polônia, em três desafios internacionais, dias 11, 13 e 15,
em Natal (RN), Vitória (ES) e Cuiabá (MT) respectivamente. O pivô Ferrão está
se integrando ao grupo que está realizando uma intertemporada no Centro de
Treinamento da CBFS, em Iparaná (CE) e garante que vai colocar uma dúvida na cabeça
do técnico brasileiro.
- Algo me dizia que iria ter essa nova chance, venho
brigando não é de hoje para estar no mundial, essa praticamente é a última
convocação antes da Copa do Mundo da Tailândia e estar nesse grupo é
primordial, o prof. Sorato já me conhece, mas vou trabalhar pesado para mostrar
ainda mais nestes três jogos porque tenho que estar lá – Disse. A nova convocação é mais uma prova que o ano de 2012 está sendo iluminado para o chapecoense. Depois de se transferir para a Rússia na temporada passada, o jogador pensou em voltar para o Brasil quando se deparou com a dificuldade de adaptação por conta das baixas temperaturas e as diferenças culturais do gélido país.
- Eu era um garoto e quando cheguei e vi tudo diferente do que estava acostumado, clima, comida, cultura, enfim, acabei tendo um choque e pensei em voltar, mas hoje sou praticamente um russo – Se diverte.
Ferrão conta que resolveu permanecer e enfrentar as dificuldades quando pensou em tudo o que tinha vivido até ser contratado por uma equipe do concorrido mercado russo.
- Nada na minha vida foi fácil, mas consegui chegar a
uma grande equipe da Rússia praticamente um adolescente e quando olhei pra trás
vi que estar ali era uma glória de Deus e que devia lutar para honrar o que foi
me dado mudei meu modo de pensar e felizmente ultrapassei mais essa etapa difícil
de minha vida – Conta.
Além das constantes convocações para o selecionado
verde e amarelo, Ferrão mostrou na última Superliga Russa que as adversidades
já fazem mesmo parte do passado. O pivô terminou a temporada como artilheiro,
após balançar as redes 30 vezes.
- Quando coloquei na cabeça que não estava ali por
acaso as coisas fluíram, terminar a superliga, uma das competições mais
difíceis do mundo, com 30 gols, foi resultado dessa mudança de postura e me
ajudou a ver que fica mais fácil quando você sabe o que quer, e no momento,
quero o mundial – Finalizou o jovem pivô, deixando a certeza que este jogador
de 21 anos não é mais o garoto que deixou o Brasil em fevereiro de 2011.