Brigando por uma vaga no mundial, Ferrão inicia pré-temporada em condição privilegiada

Pivô da Seleção Brasileira se prepara para a temporada 2012/13
Foto: Zerosa Filho

O pivô brasileiro Ferrão, seguiu nesta segunda-feira (30) para a República Tcheca, onde o IFC Tyumen dará sequência à pré-temporada europeia, iniciada no último dia 19 de julho, no complexo da equipe, localizado na cidade de Tyumen.

A equipe russa está utilizando toda a estrutura do clube, onde treina em dois períodos, pela manhã no estádio e à tarde no ginásio utilizado para os jogos do time e o técnico Eugene Osintsev, explicou que a escolha do local não é por acaso, já que o clube “tem toda a estrutura necessária e excelentes condições para treinamento e alojamento”.

Artilheiro da última edição da Superliga Russa, o jovem Ferrão, que ainda briga por uma vaga no mundial da Tailândia, também elogiou a estrutura local e explicou que as convocações para a seleção devem ajudar neste início de temporada.

-“O clube tem uma estrutura fantástica, a escolha foi perfeita, foram dias muito proveitosos aqui, percebi que voltei em um bom ritmo, trabalhar com a Seleção Brasileira em um período durante as férias ajudou bastante, creio que vou iniciar a Superliga Russa com um preparo acima do esperado para um início de temporada,” Explicou.

Os primeiros 10 dias em Tyumen foram de readaptação ao esforço físico e nesta segunda-feira (30/07) o grupo seguiu para a República Tcheca, onde irá treinar durante uma semana e depois irá participar da tradicional Copa Green Cup, evento preparatório e que o IFC Tyumen venceu no ano passado.

Oficialmente a nova temporada começa no dia 02 de setembro para o Tyumen, quando a equipe alvinegra russa enfrenta o Norilsk Nickel, em casa, pela Superliga Russa de Futsal, competição que tem o mesmo 'peso' da Liga Futsal para os brasileiros e que atualmente está entre as principais disputas do salonismo mundial, ao lado da Liga da Espanha e da própria Liga Futsal do Brasil.

A mística da camisa 12 encanta o pivô Ferrão: “Vou lembrar em toda minha carreira”

Ferrão (com a mão no peito) foi o escolhido para usar a 12
Foto: Zerosa Filho

A série de três amistosos que o Brasil fez contra a Polônia na última semana mostrou que a Seleção Brasileira de Futsal possui atletas extremamente experientes, casos de Ciço, Tiago, Neto, Betão e Wilde, mas provou também que a nova geração de salonistas está muito bem servida e neste quesito o nome do pivô Ferrão aparece em negrito.

O jogador de apenas 21 anos assumiu a ‘bronca’ de ocupar a vaga de Falcão nos amistosos, depois que o jogador da ADC Intelli apresentou uma lesão na coxa e com belas atuações em todos os jogos, especialmente no último, em que fez três gols, mostrou que incorporou mesmo a missão, inclusive herdando momentâneamente, a mística camisa 12.  

-“É diferente essa camisa de todas as demais, é como se ela te desse um poder especial e também uma responsabilidade redobrada, todos esperam um algo mais de você, enfim, é difícil descrever o que foi esse momento pra mim, mas tenho certeza que vou lembrar em toda minha carreira,” Revelou Ferrão.

No futebol, desde que Pelé vestiu a camisa 10 ela passou a ser sinônimo de genialidade e maestria, quem a veste carrega o status de ‘dono’ do time. Ter esse número nas costas é para poucos e raros se atrevem a assumir essa responsabilidade.

Já no futsal isso acontece justamente com a número 12, camisa utilizada pelo jovem Ferrão contra a Polônia. A saga teve início quando Jackson, um dos destaques da Seleção Brasileira que conquistou os mundiais de 1982 e 1985, se tornou um dos melhores do mundo se utilizando da numeração ‘poderosa’.

- “No mundial de 82, eu ainda era novato e na hora de escolher o número, os mais antigos tinham o privilégio da escolha, deixei que todos escolhessem e sobraram apenas algumas como 12, 15 e 16. Escolhi a 12 e fui considerado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão), como o melhor atleta do ano e o melhor jogador do mundo, depois disso nunca mais deixei a 12,” Explica Jackson.

Com o encerramento da carreira de Jackson quem se apossou e com propriedade da emblemática numeração foi Vander Iacovino, outro dos melhores jogadores da história do futsal e atual auxiliar técnico da seleção e por último quem adotou o número foi Falcão, cuja história todos conhecem muito bem.

Para Ferrão, utilizar essa numeração, nem que seja por apenas três jogos, teve um significado especial, que ele jura, vai carregar para sempre, mas que espera não ter que se repetir tão cedo.

- “No momento deixa o gênio Falcão usar e eu espero e todos os salonistas também, que por muito tempo, estar na seleção já é uma consagração e ao lado do Falcão mais ainda, espero que essa camisa não fique vaga tão breve,” Finalizou.

Ferrão volta a fazer a diferença e Brasil goleia Polônia em Cuiabá

Ferrão foi um dos destaques da goleada
Foto: Zerosa Filho/CBFS

Aos 21 anos, o pivô Ferrão, jogador do IFC Tyumen (Rússia) é uma das grandes promessas da nova geração do futsal brasileiro e no amistoso deste domingo (15/07), contra a Polônia, ele mostrou porque, ao fazer três, dos nove gols da Seleção Brasileira, na goleada por 9 a 1.

Na partida o Brasil abriu 4 a 0 ainda na primeira etapa com gols de Jackson(02), Cabreúva e Gabriel.

No segundo tempo o Brasil continuou o bombardeio e depois de receber passe de Cabreúva, o pivô Ferrão marcou o primeiro dele no jogo.

Com 5 a 0 no placar, finalmente a Polônia fez o de honra, com gol de Pater, mas o Brasil voltou a marcar, duas vezes com Fernandinho e outras duas com Ferrão, que comentou o triunfo.

- Nos dois primeiros amistosos o goleiro da Polônia fez a diferença, ele foi muito feliz e conseguiu parar nosso ataque, hoje ele não estava em um dia iluminado e conseguimos um bom placar – Comentou o pivô.

O artilheiro acredita ter desempenhado bem seu papel e segue confiando que pode conquistar um lugar na Tailândia, onde acontece o mundial da modalidade, em novembro deste ano.

- Não deixo de acreditar nunca, sei que a posição tem grandes craques consagrados e que é muito difícil conquistar um lugar na convocação definitiva, mas ainda tenho esperanças, sei que fiz minha parte nos amistosos contra a polônia – Disse

Seleção Brasileira vence o segundo Desafio contra a Polônia

Vitória (ES) A retranca da Polônia voltou a dificultar o toque de bola e a qualidade da Seleção Brasileira, mas não foi suficiente para evitar a derrota. Os comandados pelo técnico Marcos Sorato mostraram paciência e construíram a o triunfo por 2 a 0, na noite desta sexta-feira (13/7), no Ginásio Tancredão, em Vitória (ES).

Empurrados pelos torcedores, os brasileiros dominaram as ações ofensivas durante toda a primeira etapa. O problema foi uma verdadeira muralha chamada Nawrat. O polonês mostrou qualidade e conseguiu fazer boas defesas, garantindo o placar sem gols nos 20 minutos iniciais. Neto, Rodrigo, Cabreúva e Jackson tentaram de todas as formas balançar as redes, mas todas sem êxito. No total, a Seleção Brasileira finalizou 25 vezes, 14 delas no gol, duas delas na trave.

Se no primeiro tempo a torcida ficou com o grito de gol engasgado, sofreu um susto com dois minutos após o intervalo. Em contra-ataque rápido, Budniak apareceu cara a cara com Tiago, que fechou o ângulo e conseguiu forçar o erro do jogador da Polônia, que acabou acertando a trave.

Com calma, apenas três minutos depois, uma boa troca de passes da Seleção Brasileira termina nos pés de Fernandinho. Sem marcação, ele abre o placar para o Brasil. Se a festa foi grande no gol que inaugurou o placar, o delírio da torcida foi ainda maior quando os brasileiros ampliaram. Aos 13, Ferrão ganha do defensor e consegue tirar de Nawrat com um toquinho de categoria.

A vantagem veio com show de Cabreúva. O ala passou a desfilar dribles em quadra e, das arquibancadas, ouvia a torcida gritando o tradicional olé. Com tudo dominado, a Seleção garantiu o segundo triunfo contra a Polônia, na série de Desafios Internacionais que termina no próximo domingo (15/7), em Cuiabá.

GOLS DO JOGO:JOGADOREQUIPETEMPOPLACAR

Fernandinho Brasil 26:35 - 1X0

Ferrão Brasil 33:07 - 2X0

Brasil vence a Polônia pelo Desafio Internacional de Futsal

Natal (RN) - A Seleção Brasileira venceu o primeiro Desafio Internacional contra a Polônia, em Natal (RN), pelo placar de 3 a 1. Diante de um ginásio completamente lotado, o time de Marcos Sorato mostrou paciência para vencer a barreira defensiva adversária e sair de quadra com o triunfo, na noite desta quarta-feira (11/7).

O duelo na etapa inicial se resumiu a ataque contra defesa. Enquanto o Brasil mostrava boa movimentação e grande volume de jogo ofensivo, os poloneses se fecharam e contaram com uma atuação quase impecável do goleiro Nawrat. O camisa 12 da Polônia fechou o gol e defendeu as diversas tentativas dos brasileiros.

Até que faltando apenas alguns segundos para o fim do primeiro tempo, Jackson recebeu na entrada da área e usou a habilidade para passar por Nawrat. Com o goleiro fechando o ângulo, o brasileiro dominou e fez um lindo toque de letra, abrindo o placar da partida.

O último período teve a mesma tônica. A Seleção Brasileira pressionava, parava nas defesas de Nawrat e acabou tomando um susto aos 14 minutos. Após chute cruzado, Pieczynski apareceu quase na linha de fundo, desviou para as redes e deixou tudo igual.

Mantendo a calma, o técnico Marcos Sorato orientou a equipe a apostar na troca de passes para sair de quadra com o triunfo. Assim, aos 17 minutos, Neto tocou para Betão, que rolou para Gabriel deixar Wilde livre para marcar o segundo da Seleção Brasileira. Ainda sobrou tempo para Neto roubar a bola no ataque, puxar para o meio e finalizar forte. Nawrat ainda tentou impedir o gol, mas não adiantou.

Depois da vitória por 3 a 1, a Seleção Brasileira seguiu para Vitória (ES), onde encara o segundo Desafio Internacional contra a mesma Polônia. O novo confronto está marcado para a próxima sexta-feira (13/7).

Ferrão e Jé enfrentam a Polônia em clima de 'decisão'

Ferrão trabalha pesado para buscar um vaga no mundial
FOTO: Zerosa Filho

A Seleção Brasileira entra em quadra nesta quarta-feira (11/07) para enfrentar a Polônia, em um confronto válido pelo desafio internacional de futsal. Para muitos é apenas mais uma partida amistosa, mas para quem ainda busca afirmação no time verde e amarelo e uma vaga na lista definitiva de convocados para o mundial da Tailândia, em novembro, o amistoso se transformou em uma decisão.

Para os pivôs o duelo é interessante e acirrado. Posição historicamente tida como garantia de gols, os jogadores que desempenham esta função sempre foram um grande trunfo dos brasileiros nos momentos decisivos e são cuidadosamente escolhidos pela comissão técnica.

Fora da relação dos que estarão em quadra nesta quarta-feira alguns jogadores ainda podem conseguir lugar na Tailândia, mas no elenco que enfrenta os poloneses, Betão e Wilde, que já foram campeões mundiais em 2008 e são antigos conhecidos do técnico Marcos Sorato estão na frente por uma das vagas, enquanto Jé e Ferrão correm por fora.

- “Acredito que 80% da seleção já está definida na cabeça do Marcos Sorato, mas a luta é a mesma, até porque se eu estiver entre esses escolhidos, tenho que manter o nível que me garantiu isso, se não estiver tenho que brigar até o último minuto para tentar fazer parte,” Comentou o artilheiro da ADC Intelli, Jé.

Maior goleador da última Superliga Russa de Futsal, com 30 gols, Ferrão é uma das apostas da comissão técnica canarinho para despontar como um dos novos ídolos da modalidade e com apenas 21 anos não se intimida com a responsabilidade.

- “Estou pronto, já passei por muita coisa apesar da pouca idade e creio que experiência não vai faltar caso seja convocado para o mundial, mas se não for vou continuar trabalhando, buscando meu espaço e quando precisarem estarei preparado” Disse.

Não são poucos os pivôs que fizeram a alegria da torcida brasileira, desde a época de Miral e Ortiz, passando por Índio e Lenisio e pelo visto essa posição ainda vai garantir por muito tempo a emoção dos brasileiros.

Confira a matéria da convocação de Ferrão no GE.com

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Ferrão volta a ser convocado e reafirma: "Quero o Mundial"

Ferrão demonstra amadurecimento a cada convocação
Foto: Zerosa Filho 

O técnico da Seleção Brasileira, Marcos Sorato, convocou na tarde desta terça-feira (03) mais um jogador para integrar o elenco que irá enfrentar a Polônia, em três desafios internacionais, dias 11, 13 e 15, em Natal (RN), Vitória (ES) e Cuiabá (MT) respectivamente. O pivô Ferrão está se integrando ao grupo que está realizando uma intertemporada no Centro de Treinamento da CBFS, em Iparaná (CE) e garante que vai colocar uma dúvida na cabeça do técnico brasileiro.

- Algo me dizia que iria ter essa nova chance, venho brigando não é de hoje para estar no mundial, essa praticamente é a última convocação antes da Copa do Mundo da Tailândia e estar nesse grupo é primordial, o prof. Sorato já me conhece, mas vou trabalhar pesado para mostrar ainda mais nestes três jogos porque tenho que estar lá – Disse.

A nova convocação é mais uma prova que o ano de 2012 está sendo iluminado para o chapecoense. Depois de se transferir para a Rússia na temporada passada, o jogador pensou em voltar para o Brasil quando se deparou com a dificuldade de adaptação por conta das baixas temperaturas e as diferenças culturais do gélido país.

- Eu era um garoto e quando cheguei e vi tudo diferente do que estava acostumado, clima, comida, cultura, enfim, acabei tendo um choque e pensei em voltar, mas hoje sou praticamente um russo – Se diverte.

Ferrão conta que resolveu permanecer e enfrentar as dificuldades quando pensou em tudo o que tinha vivido até ser contratado por uma equipe do concorrido mercado russo.

- Nada na minha vida foi fácil, mas consegui chegar a uma grande equipe da Rússia praticamente um adolescente e quando olhei pra trás vi que estar ali era uma glória de Deus e que devia lutar para honrar o que foi me dado mudei meu modo de pensar e felizmente ultrapassei mais essa etapa difícil de minha vida – Conta.

Além das constantes convocações para o selecionado verde e amarelo, Ferrão mostrou na última Superliga Russa que as adversidades já fazem mesmo parte do passado. O pivô terminou a temporada como artilheiro, após balançar as redes 30 vezes.

- Quando coloquei na cabeça que não estava ali por acaso as coisas fluíram, terminar a superliga, uma das competições mais difíceis do mundo, com 30 gols, foi resultado dessa mudança de postura e me ajudou a ver que fica mais fácil quando você sabe o que quer, e no momento, quero o mundial – Finalizou o jovem pivô, deixando a certeza que este jogador de 21 anos não é mais o garoto que deixou o Brasil em fevereiro de 2011.