segunda-feira, 16 de julho de 2012

A mística da camisa 12 encanta o pivô Ferrão: “Vou lembrar em toda minha carreira”

Ferrão (com a mão no peito) foi o escolhido para usar a 12
Foto: Zerosa Filho

A série de três amistosos que o Brasil fez contra a Polônia na última semana mostrou que a Seleção Brasileira de Futsal possui atletas extremamente experientes, casos de Ciço, Tiago, Neto, Betão e Wilde, mas provou também que a nova geração de salonistas está muito bem servida e neste quesito o nome do pivô Ferrão aparece em negrito.


O jogador de apenas 21 anos assumiu a ‘bronca’ de ocupar a vaga de Falcão nos amistosos, depois que o jogador da ADC Intelli apresentou uma lesão na coxa e com belas atuações em todos os jogos, especialmente no último, em que fez três gols, mostrou que incorporou mesmo a missão, inclusive herdando momentâneamente, a mística camisa 12.  


-“É diferente essa camisa de todas as demais, é como se ela te desse um poder especial e também uma responsabilidade redobrada, todos esperam um algo mais de você, enfim, é difícil descrever o que foi esse momento pra mim, mas tenho certeza que vou lembrar em toda minha carreira,” Revelou Ferrão.

No futebol, desde que Pelé vestiu a camisa 10 ela passou a ser sinônimo de genialidade e maestria, quem a veste carrega o status de ‘dono’ do time. Ter esse número nas costas é para poucos e raros se atrevem a assumir essa responsabilidade.

Já no futsal isso acontece justamente com a número 12, camisa utilizada pelo jovem Ferrão contra a Polônia. A saga teve início quando Jackson, um dos destaques da Seleção Brasileira que conquistou os mundiais de 1982 e 1985, se tornou um dos melhores do mundo se utilizando da numeração ‘poderosa’.

- “No mundial de 82, eu ainda era novato e na hora de escolher o número, os mais antigos tinham o privilégio da escolha, deixei que todos escolhessem e sobraram apenas algumas como 12, 15 e 16. Escolhi a 12 e fui considerado pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e a CBFS (Confederação Brasileira de Futebol de Salão), como o melhor atleta do ano e o melhor jogador do mundo, depois disso nunca mais deixei a 12,” Explica Jackson.

Com o encerramento da carreira de Jackson quem se apossou e com propriedade da emblemática numeração foi Vander Iacovino, outro dos melhores jogadores da história do futsal e atual auxiliar técnico da seleção e por último quem adotou o número foi Falcão, cuja história todos conhecem muito bem.

Para Ferrão, utilizar essa numeração, nem que seja por apenas três jogos, teve um significado especial, que ele jura, vai carregar para sempre, mas que espera não ter que se repetir tão cedo.

- “No momento deixa o gênio Falcão usar e eu espero e todos os salonistas também, que por muito tempo, estar na seleção já é uma consagração e ao lado do Falcão mais ainda, espero que essa camisa não fique vaga tão breve,” Finalizou.